A Quinta da Cruz recebeu a 7 de maio a cerimónia da tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM). Geraldino Oliveira foi reeleito para novo mandato, compreendendo o triénio 2025-2028, na liderança desta instituição, cujos corpos sociais se renovaram com alguns novos elementos.
Juntam-se a Geraldino Oliveira, na nova direção da Associação Empresarial de Vila Meã, Domingos Amaro, Pedro Pinheiro, José Carlos Pereira, Celma Pinheiro, João Novais e Márcia Teixeira, como vice-presidentes, José Pedro Cunha e António Pereira, como suplentes.
O presidente reeleito, Geraldino Oliveira, no primeiro discurso da cerimónia, destacou que a nova direção da AE Vila Meã assume “este novo mandato com confiança, na certeza de que assim continuaremos, persistentes, focados na defesa do interesse e valorização do nosso território”.
“Reunimos nos diferentes órgãos da associação um conjunto alargado de empresários locais, juntando a maturidade e experiência com a juventude e ousadia, mantendo uma estrutura sólida de mandatos anteriores e abrindo espaço à renovação, novas ideias e vontades de fazer pelo bem da terra nesta força do associativismo”, considerou, reforçando que no novo elenco que compõe os corpos sociais da associação apresenta “um conjunto de empresários jovem, astuto, competente e sobretudo muito empenhado em fazer o melhor, sempre em favor desta causa associativa.”
A cerimónia contou com um momento de homenagem a Albino Magalhães, falecido no ano passado, e o presidente no seu discurso evocou um dos fundadores como um “amigo, inspirador, companheiro e sem dúvida uma figura maior da nossa comunidade. Falo do nosso amigo e companheiro Albino Magalhães que nos deixa um grande legado e que hoje, na renovação de mais um mandato, queremos lembrar e homenagear”.
A cerimónia de posse dos novos órgãos sociais, a exemplo do que tem sido habitual neste domínio na dinâmica agregadora e envolvente da AE Vila Meã, contou com mais três intervenções, protagonizadas por novos membros da direção que assumem a vice-presidência desta instituição e que foram bastante elogiadas pelos presentes.
“A atração de pessoas, empresas e emprego qualificado é um dos principais pilares de desenvolvimento local”
José Carlos Pereira começou por falar da importância dos parques empresariais para a competitividade dos territórios, realçando que “um dos propósitos da AE Vila Meã desde o início, que completa 25 anos, foi criar condições para que fosse possível construir uma zona industrial em Vila Meã”.
“A atração de pessoas, empresas e emprego qualificado é um dos principais pilares de desenvolvimento local e uma das alavancas em busca da sustentabilidade das empresas e das regiões. A competitividade dos territórios depende da capacidade para atrair e manter empresas sobretudo aquelas possam acrescentar valor economia local”, evidenciou.
José Carlos Pereira reforçou que apesar de os anos irem passando a AE Vila Meã manteve o propósito, sensibilizando os poderes públicos e investidores privados, para necessidade de uma área acolhimento empresarial.
“Agora, que finalmente se vê luz ao fundo do túnel, com o compromisso público do município em avançar com uma área de acolhimento empresarial com cerca de 60 hectares em Vila Meã e que também há condições para que um investidor privado possa avançar com uma área um pouco mais pequena, a AE Vila Meã reforça o seu posicionamento como parceiro para ajudar a estruturar projetos que possam responder às necessidades das empresas e da região, tirando partido da excelente localização estratégica que potencia este território”, comentou.
“Mais empresas representam mais emprego, melhor emprego traz melhor remuneração, mais poder de compra é sinónimo de desenvolvimento da economia local. Tudo o que um território visa para se afirmar num contexto cada vez mais competitivo”, considerou.
“Precisamos recuperar esta dinâmica de voltar a ter uma Vila Meã viva, moderna, com comércio de proximidade forte e inovador”
Márcia Teixeira abordou a necessidade da dinamização do Comércio Local em Vila Meã notando aos presentes que “há consciência de que o vigor comercial que outrora nos caracterizou tem vindo a esmorecer ao longo das últimas duas décadas”.
Na ação desta nova direção entende-se que é “necessário promover com alguma iniciativa e regularidade atividades que impulsionem as pessoas a vir e circular na vila.
Falamos de eventos temáticos, atividades recreativas, iniciativas culturais, lúdicas, desportivas, mas também criar espaços de lazer, parques infantis. Para isso é essencial a colaboração e cooperação de vários parceiros”.
“Precisamos todos juntos recuperar esta dinâmica de voltar a ter uma Vila Meã viva, moderna, com comércio de proximidade forte e inovador.
Porque quando apostamos na qualidade de vida, o comércio prospera e com ele, toda a nossa comunidade”, enfatizou, reforçando que “Vila Meã pode, e deve, voltar a ser um polo de atração para quem procura um lugar acolhedor onde viver, trabalhar e investir”.
“Queremos ter um papel ativo na promoção de uma visão integrada: atrair pessoas, pensar o território, criar condições para um comércio vivo e um urbanismo funcional”
Por fim, Celma Pinheiro, abordou a importância do planeamento na mobilidade urbana. Para uma das novas vice-presidente “é por todos reconhecida a localização estratégica deste território que urge potenciar e que acreditamos ser merecedor da máxima atenção na estruturação de condições que permitam o desenvolvimento industrial, urbanístico, social, potenciando assim o fluxo e mobilidade de bens e serviços na região e cimentando melhor dinâmica comercial”.
Notou que “importa pensar mobilidade, assente no que está concretizado e no que pode ainda ser mais bem potenciado. Sabemos da localização privilegiada, com ótimos acessos rodoviários na confluência da A4 com A11 que nos facilita chegar aos principais centros país, linha do caminho de ferro, no centro estratégico da região, que entendemos no concelho de Amarante e mesmo nesta nossa região do Tâmega e Sousa ser possível concretizar um importante posicionamento estratégico, capaz de gerar desenvolvimento integrado e progresso económico na mobilidade de pessoas, bens e serviços”.
“Queremos ter um papel ativo na promoção de uma visão integrada: atrair pessoas, pensar o território, criar condições para um comércio vivo e um urbanismo funcional. Com mais e melhor mobilidade, criamos boa acessibilidade, atraímos investimento e estimulamos a vida urbana”, sublinhou, ressalvando que “é importante que o crescimento seja ordenado e que os novos complexos habitacionais possam trazer novas dinâmicas cuja mobilidade, através dos acessos e da revitalização da parte mais antiga da vila, enquadrando-a neste planeamento urbanístico, seja capaz de gerar mais movimento comercial e acautelar espaços que permitam usufruir de bem estar para quem vive e visita Vila Meã”.
“A aposta na criação de zonas industriais é por si só decisiva na estratégia de desenvolvimento económico do município de Amarante”
Presente esteve o autarca amarantino António Jorge Ricardo e no seu discurso comprometeu-se a estar ao lado da nova associação para levar os propósitos registados na cerimónia a uma concretização plena de trabalho em conjunto.
“Da parte do Município de Amarante podem estar seguros do nosso total apoio ao desenvolvimento empresarial e económico do território, sem esquecer obviamente que esse desenvolvimento deve ser alcançado de forma sustentável e equilibrada”, afirmou, reforçando “a importância que atribuímos a Vila Meã no âmbito de uma estratégia de desenvolvimento integrado, com impactos significativos a nível de todo o território de Amarante, pela sua centralidade e por todos as outras características intrínsecas ao seu território”.
“A aposta na criação de zonas industriais é por si só decisiva na estratégia de desenvolvimento económico do município de Amarante e para além disso a dinamização do comércio do local é essencial para o desenvolvimento económico e social do concelho de Amarante, na medida que tem fortes impactos no fomento de emprego e no fortalecimento da identidade comunitária”, asseverou.
O presidente da Câmara de Amarante destacou ainda o “papel decisivo no fortalecimento do ambiente de negócio que as associações empresariais desempenham na medida em que promovem a colaboração, criam sinergias, defendem interesses comuns e impulsionam o desenvolvimento económico”.
“Falar do papel das associações empresariais é falar de oportunidades para parcerias, troca de experiências, para inovação. São as próprias associações empresariais que promovem e organizam eventos, formações ou encontros de trabalho, sempre numa lógica de desenvolvimento das empresas associadas e da comunidade em geral. Tal como na vida em sociedade também as empresas ganham mais se estiverem unidas”, comentou.
Sobre a posse dos novos órgãos sociais da AE Vila Meã, Jorge Ricardo, desejou que “este mesmo mandado fique marcado pelo compromisso, pela proximidade com o tecido empresarial e pela valorização do tecido empresarial e do espírito associativo que distingue esta comunidade”.
Os momentos musicais da cerimónia estiveram a cargo da jovem Lea Costa, cantora da terra que escolheu temas de Sérgio Godinho, Zeca Afonso entre outros para interpretar nessa tarde.
Representantes de empresas, comércio local, associações e diversas entidades estiveram presentes na cerimónia que finalizou com um verde de honra servido pela Casa da Vila e um lanche com doces da Petalamel.