A sessão pública tomada de posse, que decorreu no Hotel Quinta da Cruz, em Vila Meã, contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Amarante, presidentes de Junta, empresários da região e representantes associativos locais.
Nesta cerimónia o presidente reeleito, Geraldino Oliveira, enalteceu o empenho e dedicação da diretora técnica da AE Vila Meã, Rosário Meneses, e da técnica responsável Gabinete Inserção Profissional Vila Meã, Delfina Carvalho.
A sessão tomada de posse dos Órgãos Sociais da AE Vila Meã contou com um momento musical protagonizado pela jovem intérprete de Vila Meã, Ana Isabel, e um momento final de convívio condimentado com o novo Bolo Típico de Santa Cruz, numa receita da Padaria Estrela, vinho verde e degustação de chá na Rota do Românico com a Infusões com História.
Agradece-se a parceria e trabalho desenvolvido pelo Carlos Moura na reportagem vídeo, Ricardo Alves, no apoio técnico som, formandos no catering e participação, bem como a todas as entidades presentes.
“Olhamos com satisfação para o que tem sido feito, mas sobretudo com ambição para o que ousamos fazer”
Geraldino Oliveira – Presidente da Associação Empresarial de Vila Meã
O presidente da Associação Empresarial de Vila Meã, Geraldino Oliveira, reeleito para novo mandato, compreendendo o triénio 2022-2024, destacou, na intervenção inicial que fez na sessão Tomada de Posse dos novos órgãos sociais, a importante ação local e na região, em vários domínios, da associação.
“Olhamos com satisfação para o que tem sido feito, mas sobretudo com ambição para o que ousamos fazer”, referiu.
“Assumimos, com a mesma determinação de sempre, mais um mandato na direção da Associação Empresarial de Vila Meã. Acompanham-me, neste renovado mandato de três anos, um conjunto de empresários de espírito jovem, astuto, competente e sobretudo muito empenhado em fazer o melhor, sempre em favor desta causa associativa”, acrescentou, consciente de que “este é um desafio que não será fácil, agravado com a pandemia e a guerra”.
Geraldino Oliveira, que cumpre o quarto mandato como presidente da AE Vila Meã, destacou ainda a coesão da equipa diretiva na persecução dos objetivos a que se propõem na associação: “o que melhor nos carateriza e define o nosso modo de estar e agir é a coesão de uma equipa diretiva que se complementa”.
Na sessão o presidente da AE Vila Meã, reeleito para mais um mandato, agradeceu o contributo de todos os diretores – dos que cessaram funções, dos que renovam e dos que se apresentam pela primeira vez – na participação ativa de tão nobre desempenho associativo.
Os Órgãos Sociais da Associação Empresarial de Vila Meã, que foram reeleitos, no passado dia 11 de março, para o triénio 2022-2024, tomaram posse, no passado dia 31 de março, em cerimónia pública no Hotel Quinta da Cruz, em Vila Meã.
Reeleito para mais um mandato, acompanham Geraldino Oliveira na nova direção da Associação Empresarial de Vila Meã, Domingos Amaro, Nuno Miguel Queirós, Pedro Pinheiro, Hugo Magalhães, José Pedro Cunha, Carina Sofia, como vice-presidente, Alberto Sampaio e Ricardo Teixeira de Sousa, como suplente.
A sessão tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação Empresarial de Vila Meã, evidenciando a coesão, partilha e participação de todos na direção, contou com intervenções repartidas por vários elementos da direção, assentes em três eixos estratégicos e que orientarão o propósito deste novo mandato na associação.
Assim, Domingos Amaro falou de estratégia local e regional, Pedro Pinheiro orientou a sua intervenção para a capacitação empresarial e internacionalização, enquanto Hugo Magalhães focou-se na qualificação das empresas.
“É necessário pensar no papel estratégico das vilas na valorização de novos centros de convergência”
Domingos Amaro – Vice-presidente da Associação Empresarial de Vila Meã
O primeiro vice-presidente a intervir foi Domingos Amaro que começou por realçar a intervenção da AE Vila Meã como entidade associativa, representativa e influenciadora, agente impulsionador de desenvolvimento económico.
“Olhar estrategicamente para este território é investir na capacidade das pessoas, na atratividade e capacidade de fixação da população e na dinâmica que pode brotar de um desenvolvimento efetivo e estruturado, como sempre o manifestamos e como continuamos a defender”, considerou, reforçando que “é este o propósito que nos motiva, prosseguindo na partilha de propostas, avaliação de possibilidades, encontro de vontades, debate de ideias, definição de prioridades que provoquem ações de desenvolvimento”.
“Realçamos, uma vez mais, a premente necessidade de uma zona de acolhimento industrial que permita o licenciamento rápido da atividade económica e que entendemos ser determinante para despoletar novos investimentos e solidificar o circuito de crescimento económico na região”, acentuou, comentando que esta “é uma promessa que se arrasta há mais de duas décadas, mas que finalmente estamos convictos de que existe vontade para que se concretize”.
Domingos Amaro referiu ainda a importância de atender aos “desafios que emergem na sustentabilidade dos negócios locais, a dinamização dos espaços comerciais, de forma a atrair consumidores pela relação de proximidade e localização acessível”, destacando o posicionamento digital e a oportunidade que representa a conjugação no fluxo comercial que se gera na digitalização dos negócios.
“É também necessário pensar no papel estratégico das vilas na valorização de novos centros de convergência, descentralização de meios e desenvolvimento de novos espaços que permitem mais eficiência e um desenvolvimento consistente”, sublinhou, reforçando a localização estratégica deste território que urge potenciar e que acreditamos ser merecedor da máxima atenção na estruturação de condições que permitam o desenvolvimento industrial, urbanístico, social.
“Acreditamos no movimento associativo e pela força agregadora de vontades, confiamos na sua capacidade de influência pelo bem comum. Por isso estamos empenhados e focados em promover iniciativa, despertar atenção e trabalhar na potenciação das capacidades que podemos desenvolver na associação de esforços, olhando o futuro com ambição de que é possível fazer”, prosseguiu Domingos Amaro.
“A Associação Empresarial de Vila Meã estará sempre pronta para colaborar na planificação e concretização de projetos que aportem mais e melhores condições de dinamização económica, social, comercial e cultural”, concluiu.
“Somos bons no que fazemos e temos que fazer notar isso nos mercados externos”
Pedro Pinheiro – Vice-presidente da Associação Empresarial de Vila Meã
Na intervenção seguinte, o vice-presidente Pedro Pinheiro realçou que a internacionalização está acessível a todas as empresas, exemplificando casos bem-sucedidos de pequenas empresas que estão a exportar e assim aportar mais valor aos seus produtos.
“Somos bons no que fazemos e temos que fazer notar isso nos mercados externos através da exportação, perfeitamente acessível e possível para as microempresas”, destacou.
“Estamos ao nível dos melhores, e a prova é a resposta dada num ciclo de crise na última década, em que o peso das nossas exportações no PIB passou de menos de 30% para mais de 40%”, reforçou, considerando que unidos “podemos criar oportunidade na crise”.
“No contexto atual são muitos os desafios e também oportunidades para que a internacionalização seja uma opção profícua para expandir negócio e alavancar mais valor na dinâmica comercial das empresas portuguesas. Aqui a cooperação entre as empresas e o envolvimento agregador das associações deve ser aproveitado na sustentação de todo o potencial exportador que possamos ser capazes de expandir, mas também atrair mais investimento”, comentou.
Aqui o papel da Associação Empresarial, juntamente com o Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS), tem-se concentrado no desenvolvimento de ações de apoio capaz de possibilitar às empresas a melhor forma de se representarem nos mercados externos.
“A Associação Empresarial de Vila Meã conjuntamente com o CETS tem implementado vários projetos coletivos que apoiam a preparação das empresas no processo de internacionalização.
Com estes projetos de apoio técnico, as associações empresariais contribuem para um acompanhamento especializado na melhoria de procedimentos que capacitam mais as empresas no seu desempenho e sustentabilidade na abordagem a novos mercados”, evidenciou, sublinhando que, ao longo dos anos, são centenas as empresas apoiadas.
Pedro Pinheiro abordou ainda o potencial da atratividade turística e as oportunidades que se geram na dinâmica comercial.
“A importância do turismo na economia local é vital e deve ser potenciada pelos principais agentes do território, nomeadamente as Câmaras Municipais que podem desenvolver políticas de promoção e incentivo ao usufruto do território e dinamização comercial”, sustentou.
Quanto ao futuro, Pedro Pinheiro, acredita na capacidade das empresas e na oportunidade dos desafios.
“Este é também um tempo de antever os novos desafios que teremos de enfrentar no futuro e que nos exigirão novas soluções e paradigmas de atuação, capaz de garantir o desenvolvimento das empresas, a qualidade de vida das pessoas e a sustentabilidade do planeta”, referiu, asseverando que juntos podemos mais.
“À palavra crise, retire-lhe o “s”, e crie. Vamos criar, vamos estar presentes, mais fortes, porque todos juntos conseguimos fazer melhor”, concluiu.
“Temos o desafio de valorizar o território, captar investimento, conseguir melhores oportunidades para as empresas”
Hugo Magalhães – Vice-presidente da Associação Empresarial de Vila Meã
Para Hugo Magalhães a qualificação é um tema central para os próximos três anos, nomeadamente a qualificação de ativos e desempregados e a qualificação das lideranças e das equipas de gestão.
“Vamos continuar a fazer um esforço muito grande para captar investimento para a qualificação de ativos e desempregados, pois consideramos fundamental que os recursos que possuímos sejam mais qualificados e preparados”, referiu, considerando que a qualificação dos ativos e desempregados é uma área onde somos experientes no trabalho desenvolvido na AE Vila Meã.
Uma preocupação bem vincada nos propósitos da AE Vila Meã e que Hugo Magalhães realçou apontando os valores de investimento: “No último mandato a quantidade de formação que foi feita através da associação, representou um investimento na região de 1,3 milhões de euros. Neste novo mandato já temos contratualizados, neste momento e provavelmente vamos conseguir mais apoios nesse sentido, 900 mil euros de investimento na formação”.
“A qualificação dos gestores e da administração das empresas é outro dos nossos focos, através de atividades para visitar outras empresas e associações, de forma a partilhar novos conhecimentos, trazer pessoas que possam ser referências e boas práticas para que os gestores possam ver, como outras empresas estão a lidar com estas mudanças”, acrescentou, considerando as boas práticas de gestão e liderança essenciais para encarar os novos desafios que se apresentam como aumento da inflação e consequente perda do poder de compra.
Valorizar o associativismo e o esforço conjunto para conseguir debelar dificuldades e alcançar objetivos que concretizem crescimento económico é outra das vontades manifestadas na intervenção de Hugo Magalhães.
“Iremos trabalhar cada vez mais em conjunto e dentro da associação, vamos continuar a fazer esse esforço, sempre de portas abertas para que possamos continuar a contribuir para aquilo que é de todos nós, o território. Nós que representamos instituições locais, temos o desafio de valorizar o território, captar investimento, conseguir melhores oportunidades para as empresas, conseguir reorganizar o território de forma a que empresas de fora se tornem também empresas da região e com isto, certamente teremos empresas mais fortes”, comentou, salientando a cooperação entre a Câmara Municipal, a Associação Empresarial de Amarante, juntamente com a Associação Empresarial de Vila Meã, se desenvolveu, durante os piores momentos da pandemia, uma série de iniciativas para o comércio local que mobilizaram algumas centenas de milhares de euros de vendas a mais para o comércio.
“A questão da estratégia para a região onde estamos inseridos é fundamental, assim como, potencializarmos ao máximo a exportação das nossas empresas e qualificar aquilo que nós somos, seja enquanto colaboradores ou administradores das empresas”, reforçou.
A terminar a sua intervenção, Hugo Magalhães, falou ainda do Jornal de Vila Meã e da importância para a valorização do território, enquanto meio privilegiado de comunicação e repositório de memória.
“O Jornal de Vila Meã, que serve para divulgar as informações que a AE Vila Meã vai desenvolvendo, mas também para veicular tudo aquilo que a comunidade faz, torna-se importante porque se não houver formas de consolidar esta informação, além da informação circular muito menos, perdemos memória. E o jornal é esse esforço que se encontra particularmente dentro da associação, mas também aportando o contributo das entidades públicas”, comentou.
“O movimento associativo tem um papel extremamente relevante”
António Jorge Ricardo – Vice-presidente da Câmara Municipal de Amarante
O vice-presidente da Câmara Municipal de Amarante, António Jorge Ricardo, destacou, na intervenção que fez durante a sessão de Tomada de Posse dos novos órgãos sociais da Associação Empresarial de Vila Meã, o “papel extremamente relevante do movimento associativo”.
“O movimento associativo tem um papel extremamente relevante, principalmente nos dias de hoje e deste passado mais recente, onde os empresários viveram e vivem num período inédito da nossa humanidade, como é o caso da pandemia que ainda não foi ultrapassada e que agora se acrescenta esta inqualificável e injustificável guerra que todos assistimos”, disse.
“É nestes períodos que as associações provam a sua verdadeira importância e a Associação Empresarial de Vila Meã mostrou isso mesmo, com um trabalho de proximidade, de resolução de problemas, de incentivo e motivação, por forma a mitigar este período negro na vida de todos nós”, acrescentou.
“A Associação Empresarial de Vila Meã é sem dúvida uma associação importante do nosso concelho, que reúne desde micro, pequenas e médias empresas, sempre na procura das melhores soluções para o seu tecido empresarial e consequentemente, para a qualidade de vida da população de Vila Meã. Realço a forma de trabalhar reivindicativa, mas colaborativa, realço também essa forma ambiciosa, mas também sempre disposta a apontar caminhos e soluções”, acentuou António Jorge Ricardo.
O vice-presidente da Câmara de Amarante enalteceu os planos estratégicos estruturais que a AE Vila Meã tem desenvolvido, destacando o Gabinete de Inserção Profissional (GIP).
“O GIP de Vila Meã presta um serviço essencial, seja no apoio a jovens e adultos desempregados na sua inserção ou reinserção no mercado de trabalho, ou até mesmo no apoio às empresas no processo de recrutamento dos seus recursos humanos”, comentou.
António Jorge Ricardo apontou ainda que “uma autarquia tem a responsabilidade e o dever de estar ao lado de associações como estas que lutam diariamente, por vezes em situações complexas e adversas, mas sempre com objetivos e estratégias bem definidas no apoio a todas as empresas ou seus associados e comunidade em geral”.
“O Município de Amarante não será exceção, estará ao vosso lado como parceiros ativos em tudo o que nos for possível. Valorizamos o vosso trabalho, a vossa importância para a sobrevivência e crescimento do setor económico, na capacitação das pessoas em vários setores de atividade, e acima de tudo, o trabalho de proximidade que desenvolvem com todos os associados tornando o território mais equilibrado e competitivo”, sublinhou, desejando que “possamos estar lado a lado num trabalho em rede, atentos às necessidades e que assim Vila Meã e todo o restante concelho possa crescer cada vez mais e se afirme a nível regional e nacional”.
Coube ao vice-presidente da Câmara de Amarante encerrar as intervenções na sessão de tomada de possa, felicitando os novos órgãos sociais da AE Vila Meã com augúrio de sucesso para o mandato numa “caminhada que já dura há mais de 20 anos e que nos tem provado, dia após dia, a importância que esta associação tem para a região e para Amarante”.
“O vosso sucesso será o sucesso de Vila Meã, um território importantíssimo em especial pela sua posição geográfica, pelas suas boas acessibilidades, pela considerada densidade populacional que torna a região atrativa a novos investimentos, à fixação de pessoas, criação de riqueza, entre tantos outros”, concluiu.